sábado, 12 de dezembro de 2009

O NÃO-POETA



Se a poesia já não faz sentido

Se não dá mais ouvido

Ao clamor dos mais fracos


Não é poesia o que faço!



E se o amor

E a dor que confesso

Já não cabem no verso,



Ser poeta: é o que quero?



Se ao fazer poesia

O que penso e sinto é o que expresso



Se ao fazer poesia

Eu só sei ser sincero...?


3 comentários:

  1. "That's the question!" (aproveitando que essa língua de bárbaros anda fazendo muito sucesso na Taba)
    Gostei do poema! E confesso que estou procurando com bastante afinco livrar-me dos poemas (já que da poesia é impossível)

    ResponderExcluir
  2. Já pus fogo, renasceram das cinzas; joguei pela janela, o vento trouxe de volta. Tentei esquecer trancando em um baú, e os sussurros gritavam pela casa toda.

    "Se ao fazer poesia

    O que penso e sinto é o que expresso



    Se ao fazer poesia

    Eu só minto como Fernando Pessoa...?

    ResponderExcluir
  3. "O poeta é um fingidor?"
    Pois muitas vezes se carrega o fardo de ser poeta,por que o poeta sente, assim como o coração pulsa e não pode parar...
    Muito bom o poema Marcos!

    ResponderExcluir