sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Raúl

Um Poema Porrada

Uma Homens/Agem a um desses sapateiros que nunca se acomodaram ao seu Sapato.

Um Poema Piada

_O Raúl morreu?

Não!!! Quem morreu foi o Elvis...
Você está se confundindo.

Um Poema Pronto

* 28/06/45 - + 21/08/1989 - + 21/08/2009 - *00/00/...

Ele nasceu! Ele morreu! 20 anos da morte! Eternidade em vida.

Um Poema Parado na Poesia Presa Por Poucas Palavras

Um abço Raúl, daquele jeito!















Sapato 36
Raul Seixas

Composição: Raul Seixas

Eu calço é 37
Meu pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto meu pé outra vez
Eu aperto meu pé outra vez

Pai eu já tô crescidinho
Pague pra ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto

Por que cargas d'água
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Quero partir sem brigar
Pois eu já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Eu quero partir sem brigar
Já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar (Êêêê)
Que não vai mais me apertar (Aaaa)
Que não vai mais me apertar (Êêêê)

Ainda não aprendi a postar vídeos. Vai o link da música no youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=m_W3uks6be8

domingo, 16 de agosto de 2009

Sapato Só

São cem gramas de poeira
Sufocando o meu pisar
Nesta terra sem fronteira
Neste choro sem seu mar
Eu pisava
Eu sentia o meu pé se condensar
(Não aquele do sapato
Mas aquele sem seu lar)
Eu sentia uma angústia que arrepia na tristeza e na alegria e na hora que partia
Eu sentia a apatia que se ia, que se ria, que não via que perdia
Onde foi parar o outro par deste par sem par
Este ímpar par que não se acomoda
Este sapato está fora de moda
Mas e o outro que pelado está?
O que é que há?

Fui-me embora
Sou um reflexo que não se vê
Sou minha aversão
O cúmulo da contradição de se contradizer sem ao menos ser o palhaço que quero ver

Um sorriso íncolume
Ousou o condenar a força bruta
Dos olhares tenebrosos
Da dor alheia

Sou a foice que centeia
A vida além da morte

Mas meu pé toca no chão
Um que diz que sim
E outro que diz que não

Chris Clown Oliveira