segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Da compreensão precoce da vida...

O que vai tão cedo pra guerra
Pergunta-se no meio de tudo
Em quê vale os sonhos q ’ela enterra
Sempre preso em algo absoluto

Existência que transcende a circunstância,
Por que os valores se dissolvem?
Diluem-se em outras estâncias
E é quando os sonhos nascem

Mas são coisas tão absurdas
Revelar na vida os sentimentos humanos!
As pessoas anseiam, é grande a turba
Que não enxergam na vida o próprio engano...

Ederson Rocha

6 comentários:

  1. Ederson

    Mais um poema seu que não gostei.
    Nem sei porque, mas não gostei.

    Tenho a impressão que você não sabe o que dizer.
    Que busca uma forma que ainda não está pronta.
    Que se perde no meio da inspiração.
    Concentre-se mais, pô!

    Não tenho o hábito de escrever duas vezes o mesmo poema, poucas vezes trabalho neles como deveria e produzo em quantidade absurda.

    Mas um verso só tem a luz do dia depois de semanas amadurecendo na minha cabeça.

    Tenho preguiça de escrever o que não está pronto.

    Acho que devia buscar um processo semelhante.

    Abço

    O Chato

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  2. Precisamos ser bovinos quanto ao poema, ruminarmos mais.

    O engraçado é que o Marcos diz que se não formos populares não somos poetas e o Ederson fala que a multidão é sonâmbula.

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  3. Às vezes, nem eu entendo os poemas dele. Só alguns raríssimos que dá para contar nos dedos. Mas gosto da forma com que ele escreve, dessa sutileza de dizer sem querer dizer, apenas para ser ouvido. O Cris tocou num ponto que eu não ousava. Na verdade ele tem muito o que dizer, mas se perde no ímpeto de querer dizer.

    Já eu sou o oposto: eu perco a poesia, mas não perco a mensagem. Se o poema fica bonito, mas não passa o que quero com exímia clareza ,eu rasgo! E também sou acremente censurada por isso. Mas engraçado que os poemas que tenho de memória, e aqueles que vejo tão saudosamente as pessoas relembrarem, são justamente os mais simples e despretenciosos. São aquelas quadras e poemetos quase gratuitos, até simplórios! Versinhos de amor dorido e de saudades. Em contraponto, os versos mais obscuros são mais congratulados.

    Vai entender! Eu acho que no fundo, há lugares para todas as cores, formatos e temas.

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  4. Você se engana Edson. Eu disse:
    "Ao fazer poesia eu só sei ser sicero"
    e não:
    "Ao fazer poesia eu só sei ser popular"
    E qdo digo 'eu' me refiro a mim como individuo, primeira pessoa do singular.
    Tanto o Ederson, qto vc e outros tem direito de ter sua opinião própria.

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  5. Falei popular no sentido de para o povo, no sentido de social e não de gosto popular. mas cabe também uma inconformidade com a falta de sencibilidade do povo.
    Concordo contigo: Creio que cabe a poesia nos dois sentidos.

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