“Escrever um poema após Auschwitz é um ato de barbárie”
Adorno - 1949
escrever poema
após Auschwitz
é barbárie
mas fazer filme
sobre Auschwitz
quase garante um oscar
enquanto isso
os sapatos
esperam
não sozinhos!
ao lado deles:
sapatos de Tuol Sleng
sapatos de Kosovo
sapatos de Ruanda
pés esquecidos sob o sol do Darfur...
Jorge de Barros
(acredita que se deve relevar seus poemas, pois, quando nasceu, o mundo já não fazia sentido)
(acredita que se deve relevar seus poemas, pois, quando nasceu, o mundo já não fazia sentido)
Dos exilados do Darfur nem sapatos sobrarão.
ResponderExcluirSerá que ainda existi sapatos para tais fins?
ResponderExcluirSerá que ainda existi pés para tais sapatos?
Será que ainda existi vida para tais pessoas?
Será que ainda existi fé para tais barbarie's?
Será?
Não sei... e de que importa saber, se todas as portas estão fechadas para este olhar. Ver os que padecem nos humilha, mas esquecer que eles padecem nos mata! Por isso vivemos com zumbis conformados.
Jorge, as vezes eu choro, sabia?
Um abs Chris "O Indignado"
Frei Tito antes de se matar citou a frase que me ressoa na cabeça todos os dias, "deve continuar vivendo um homem depois de morto", acho que depois de Auschwitz, toda a humanidade se encontra morta.
ResponderExcluirMas apesar disto, bebemos, comemos, fornicamos. No século XX encaramos o espelho, "o lobo do homem, é o próprio homem".
Eu choro o tempo todo,sou um "manteiga derretida". Como diz a Sarah, choro até em propaganda de celular.
A barbárie esta na Babilônia Moderna, Wall Street, o que aconteceu em Auschwitz tinha apoio na América.
ResponderExcluirTentamos dar sentido ao mundo, ou reinventamos outros mundos sem sentido.