quinta-feira, 9 de julho de 2009

"Chico Sapateiro" Poeta e revolucionário




Francisco Miguel Duarte , também conhecido pela alcunha de "Chico Sapateiro", por ter exercido essa profissão, foi um escritor português vinculado ao Partido Comunista Português, de que foi dirigente, autor do livro Das Prisões à Liberdade (Lisboa, Edições Avante!, 1986). Poeta, cujos temas principais são a revolução e o povo, tem entre os seus trabalhos mais conhecidos, um poema em honra da memória de Catarina Eufémia, sua conterrânea, já que o autor também era natural de Baleizão.

Foi o dirigente do Comité Provincial do PCP no Algarve. A sua prisão em 1947 conduziu ao desmantelamento daquela organização provincial.

Foi o último preso político a permanecer, sozinho, por seis meses, no Campo de Concentração do Tarrafal - Colónia Penal de Cabo Verde - antes de ser transferido, de novo, para Lisboa, a 26 de Janeiro de 1954, onde continuaria preso, primeiro no Aljube e depois em Caxias.

Foi eleito deputado pelo círculo de Beja nas eleições legislativas de 25 de Abril de 1975.

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Militante-comunista-e-ultimo-preso-politico-do-Tarrafal-evocado-em-Beja.rtp&article=54250&visual=3&layout=10&tm=8

João Sapateiro - Poeta + Hans Sachs





Um pouco da História

João Sapateiro nasceu e viveu boa parte da juventude na cidade de Riachuelo. Na adolescência, teve rápida passagem por Aracaju, mudando-se, logo depois, para o município de Laranjeiras.
Uma vida inteira de dificuldades não impediu João Silva Franco de ser conhecido como um dos maiores artistas já nascidos em Sergipe. Ele trabalhou em engenho de açúcar na infância e virou engraxate em sua passagem por Aracaju. Mas foi o município de Laranjeiras que o acolheu. Lá, João passou a escrever poesias paralelamente à atividade de sapateiro, tornando-se, assim, o João Sapateiro, personagem conhecido e ilustre morador da cidade.

http://emsergipe.globo.com/nesseinstante/exibir_noticia.asp?id=101886&tit=MORRE+JO%C3O+SAPATEIRO+EM+ARACAJU:+MORRE+POETA+JO%C3O+SAPATEIRO

http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=27023




Hans Sachs (Nuremberga, 5 de novembro de 1494 - Nuremberga, 19 de janeiro de 1576) foi um poeta alemão.

Foi sapateiro de profissão, percorreu Alemanha em qualidade de mestre cantor. Foi amigo de Durero e de Willibald Pirkheimer. É autor a mais de seis mil poemas, escritos no estilo popular burgués do Meistersang (poesia que une canto religioso e poesia, cantada nas escolas gremiais do século XV). São notáveis também suas Farsas de Carnaval (1517-1563) e seu hino O rouxinol de Wittenberg (1523), dedicado a Lutero. Goethe engrandeceu-o e Richard Wagner fazer protagonista de Os maestros cantores de Nuremberga. Lhe foi erguido um monumento, uma estátua de corpo inteiro, em Nuremberga.

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2006/06/16/002.htm

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PEQUENA ENCICLOPÉDIA DE POETAS SAPATEIROS

BANDARRA
António Gonçalves Annes Bandarra (1500 - 1556), mais conhecido por Bandarra, foi um profeta popular, natural de Trancoso, Portugal
Era sapateiro de profissão e dedicou-se à divulgação em verso de profecias de cariz messiânico. Tinha um bom conhecimento das Escrituras do Antigo , do qual fazia as suas próprias interpretações. Por causa disso, foi acusado pela de judaísmo e as suas trovas foram incluídas no Catálogo de Livros Proibidos, já que suscitaram interesse sobretudo entre cristãos-novos. Foi inquirido perante este tribunal, sendo ilibado, mas foi obrigado a participar na procissão do auto-de-fé de 1541 e também a nunca mais interpretar a Bíblia ou escrever sobre assuntos da Teologia.
A sua obra chamou-se Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra e foi editado por D. João de Castro. A obra foi interpretada como uma profecia ao regresso do Rei D. Sebastião após o seu desaparecimento na Batalha de Alcácer-Quibir em Agosto de 1578. Em 1815 é editada uma nova edição com o título Trovas Inéditas do Bandarra e entre 1822 e 1823 sai mais uma edição com o título Verdade e Complemento das Profecias . As Trovas do Bandarra influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de Padre António Vieira e de Fernando . São três os pontos da profética de Bandarra: o Quinto Império, a ida e regresso de el-rei D. Sebastião e os destinos de Portugal.
Após ter sido julgado pelo Tribunal do Santo Ofício, em 1541, e do qual recebeu pena leve, retornou a Trancoso onde veio a falecer em 1556.
Fonte: wikipedia

Sonhava, anónimo e disperso,
O Império por Deus mesmo visto,
Confuso como o Universo
E plebeu como Jesus Cristo.
Não foi nem santo nem herói,
Mas Deus sagrou com Seu sinal
Este, cujo coração foi
Não português, mas Portugal.

Fernando Pessoa, sobre o Bandarra

SAPATEIRO SILVA
Joaquim José da Silva viveu no Rio de Janeiro em fins do século XVIII e meados do XIX.
Escreveu sobre o cotidiano e os homens comuns, mesclando linguagem prosaica a tópicas e estilos clássicos, distinguindo-se, assim, dos literatos conhecidos como árcades de sua época.
http://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/Sapateiro/index.htm
Eu queria, mas eu tenho vergonha
De dar e conhecer a minha tolice;
Deixamos de fazer a parvoíce,
Que havia de feder mais do que a peçonha.

Mas que importa que outro se me oponha
Por querer ser pateta, ou ser felice,
Se comigo assentei por fontorrice
Ser hoje o grande Duque de Borgonha?

Já contente no meu gaudério estado
Tenho fardas, palácios, e dinheiro:
Já não peço a ninguém nada emprestado.

Porém leve o diabo o meu roteiro,
Que apesar das farófias do Ducado,
Todos me lêem nas costas - sapateiro.
Sapateiro Silva

LAMBE-SOLA
Antonio Aurélio de Morais (Lambe-Sola ou Mestre Tonho Lambe-Sola ou Pé Quebrado)
Nasceu em Atalaia, mas passou grande parte de sua vida em Viçosa, onde aprendeu e exerceu a profissão de sapateiro. Apenas aos 45 anos de idade é que iniciou sua alfabetização, percorrendo de cartilhas do ABC a gramáticas e dicionários renomados, como o Dicionário Aurélio. Do aprendizado passou para a composição de poemas, chegando a escrever um livro “Versos de um Lambe-Sola”, que já está na terceira edição. Sua trajetória foi registrada no documentário "O Lambe-Sola".
Mais detalhes: http://petreafelix.blogspot.com/2007/10/versos-do-poeta-sapateiro.html

Profissão Ingrata

Trabáio a mai de trintano
Na arte di sapatêro
Nunca consegui dinhêro
Argum

Trabáio às vêis in jinjum
Di manhã inté mêio-dia
Passando tôda gunia
Di fome...
Lambe-Sola
SENHORES SAPATEIROS, SERÁ QUE CONSEGUIMOS ACHAR MAIS ALGUNS? CRISTIANO AÍ EM FRANCA PODERIA ENCONTRAR ALGUM...
ABRAÇOS!