Quando o sapato aperta
É melhor não tê-lo calçado;
É melhor não ter calçado;
É o melhor calçado!
Quando o calo estoura
É melhor que cai o calo;
É melhor que outro calo;
É melhor se me calo.
Se não grito...
Não reclamo...
Ou sinto a dor que sinto.
É melhor por o sapato
Estourar o calo
E ficar legal.
Por que é desperdício à produção
E ao tesouro nacional.
Quando o tesouro nacional desvaloriza
É melhor não ser o seu bolso o prejudicado;
É melhor seu bolso estar furado;
É melhor que bolso roubado.
Quando o tesouro nacional é um calo no sapato;
Qualquer coisa é melhor.
Há um jogo de palavras divertido, mas ficou meio sem pé nem cabeça. (Ou sem sapato?)
ResponderExcluirSerá que o debate é válido aqui, Edson?
ResponderExcluirExplicar poesia é sempre um porre!
Abço
Chris O "Instigado"
O espírito da sapataria não seria descer o sapato. Explicar o poema não é só um porre, é desnecessário.
ResponderExcluirO poema está bom, mas para ele se perdeu um pouco. Achei meio oportunista o uso da imagem do Lula, mas eu sou suspeitíssimo, uma vez que tenho uma relação de afetividade com o personagem.
Compreendi e se meias palavras bastam para evitar constragimentos com sapatos, seu e-mail do Rubem Alves foi pontual.
ResponderExcluirSou fasciando pelo Lula, um Lulista pouco ortodoxo. Achei a imagem buscando sapatos políticos.
Foi ocasional e não oportuno.
A culpa não é minha se o Lula adora posar de sapato em punho, em cunho, em pés.
De resto a sapataria mantém seu espírito vivo!
Abço Chris O Gentil
O que ele está fazendo com o sapato, vai dar uma sapatada em alguém?
ResponderExcluirEdson,
o velho socialista ( e rabugento).
A palavra oportunismo foi inadequada de fato.
ResponderExcluirEm tempo, o texto do Rubem Alves me pareceu oportuno para os que, como eu, se consideram eternos aprendizes. A poesia as vezes, ou quase sempre, é como um furúnculo mesmo, incomoda, coça, dói, e só sai espremendo.
ResponderExcluirAdorei, mandei para meus contatos poéticos e guardei com carinho.
ResponderExcluirObrigado
Abço Chris O Afetuoso