segunda-feira, 5 de outubro de 2009

All Star - Se morio La Negra





eu usava All Star velhos
com coisas escritas com esferográfica nas partes brancas
nossos pés tinham ideologia
pisávamos no chão com leveza
pois a cabeça era feita de nuvens

havia uma canção no vento
e essa voz tinha nome
se morio la Negra
que vai cantar
"Canción Con Todos"

6 comentários:

  1. Não gostei. Seu poema exala solidão quando a mensagem de La Negra deve ser o oposto disso... (promessa é dívida, não falei que falaria mal do seu próximo poema? E "tenho sapatos rotos" nos deixou malacostumados!)

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  2. Eu não sei se gostei ou não Jorge. Gostei do poema porque gosto do poeta. Gostei do poema porque gosto do tema. Gostei do poema porque é tão familiar. Mas não gostei porque parece tão antigo... Mas tão antigo... Mas tão antigo que nem se configura mais como relevante. Perece que a história passou e alguma coisa se perdeu.

    Quando falei pro Jorge, talvez, estava dizendo para você, Edson.

    Abço Chris

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  3. De fato toda a autocomiseração é extremamente solitária. Nada não solidário como o egoismo.

    Entrementes, na minha idade a pessoa pode se dar a alguns luxos.

    O poema não é bom mesmo, aliás, nada que escrevo sob comoção presta muito. Não quis perder o momento.

    Camarada Chris, sou feito de coisas antigas, a velhice para mim não é cronológica, e ontológica.

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  4. O pior é que aos ALL STARs estão na moda, tive grande dificuldade de conseguir um velho e clássico, ainda assim em um mostruário de brechó, cobrando os tubos.

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  5. É verdade, D. Edson, os All STARS voltaram... mas não só nos pés, essa molecada anda usando muita coisa antiga na cabeça... o que tem de moleque machista, homofóbico e neo-nazista não é brincadeira!

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  6. Além e misóginos, analfabetos funcionais, truculentos, anti-éticos. O que salva é que ainda existe uma garotada antenada. Sou um tanto quanto pessimista em relação a existência do ser humano sobre o planeta, mas se não houvessem humanos, a natureza não se resignificaria. A natureza, assim como deus, necessita do olho humano para existir de maneira filosófica.

    O que me entristece é que o domínio é exercido por poucos e ignotos.

    A poesia não me redime, me condena.

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