sexta-feira, 29 de maio de 2009

PROVÉRBIO e SAPATEIROS

ao poeta do século passado


"A PRESSA É INIMIGA DA POESIA"

por isso nós, companheiro, sapateiros da palavra
destes tempos somos desconhecidos

por isso nós, companheiro, Bandarras que somos
professamos a fé na loucura

e de que vale sermos antena da raça,
se é tempo de GPS, empreendedores e muros?

Este poema, dedicado ao poeta Edson Bueno de Camargo, num comentário a um texto do mesmo, serviu de inspiração para esse pequeno projeto.
Qual o lugar da poesia hoje, eu me pergunto. E qual não é o lugar da poesia? Sinto vontade de responder com outra pergunta. A ideia é termos aqui um espacinho para espinafrarmo-nos sem piedade, mas sem maldade ou pessoalidade... Para isso é necessário que todos os colaboradores comentem, mesmo que seja um tiquinho... e que venham as picuinhas!

Jorge de Barros

4 comentários:

  1. Amigo Jorge, estou contigo e não abro mão disso. Precisamos angariar novos amigos logo, estou curioso com o resultado.

    ResponderExcluir
  2. Quando ao poema provérbios e sapateiros, o último verso se fosse invertida a ordem das palavras, começar pelo GPS e terminar no muro, talvez ganhe mais força, o poema está muito forte, terminando por uma palavra associada a tecnologia dá uma quebra desnecessária e um enfraquecimento no final.

    ResponderExcluir
  3. "o último verso se fosse invertida a ordem das palavras, começar pelo GPS e terminar no muro, talvez ganhe mais força" Acatado!

    ResponderExcluir
  4. É impressionante o que um mágico das palavras consegue fazer, é tanta aporrinhação que fico ansioso para ver o que vem pela frente.
    A fina irônia dos dois últimos versos e a sacada tecnocrática amenizam o lamento dos dois primeiros e complementam a raiva do dosi segundos versos.
    Simples e bem acabado...
    Pra quem gosta de poesia, eis a obra.
    Pra quem não gosta... Vão a merda!

    ResponderExcluir